Lisboa
Anavitória
3:40Algo entre o cheiro do mar E da casa de alguém que eu já fui Entre a timidez e o escancarado Entre o mistério do abstrato E as retas perfeitas de um quadrado Algo entre o cheiro do mar E da casa de alguém que eu já fui Entre a timidez e o escancarado Entre o mistério do abstrato E as retas perfeitas de um quadrado Você permeia o que eu quero e o que eu fujo Encontro da coragem com o medo de viver Alerta de perigo num lugar seguro Um navio ancorado no ar Um navio ancorado no ar A gente 'tá sempre, de alguma maneira Buscando um lugar pra ir numa Atenção ao próximo passo Acho que as esquinas, ou a esquina 'Tá nesse olhar pra frente Ou pra trás também A dúvida do que poderia ter sido O todo que envolve uma escolha, né? E o que faz o agora e o próximo momento depois dele também Não é passado, mas também não é futuro A linha que divide a terra ao meio O quase das nossas bocas que antecede um beijo Tudo o que não se pode ver de um corpo no espelho Eu mato a culpa, você salva o desejo Uma aliança, um compromisso É a nossa bandeira Viver você revela o que eu Escondo em mim Embora trinta Guardo tudo aqui Nas pausas, nas suspeitas entrelinhas Covardia é minha fraqueza Viver você me fragmenta Espalha as cartas, expõe o óbvio Meus dois caminhos agora soltos Num navio ancorado no ar Num navio ancorado no ar Eu mato a culpa Você salva o desejo A noite linda, as estrelas Gelado do pacífico Eu mato a culpa Se tivesse o seu nome Não sei se só gostei de De pensar nessa imagem E ficar Sem escolher nada um pouco Só