Ligação Perdida Feat Deus (Feat. Deus)

Ligação Perdida Feat Deus (Feat. Deus)

Cesar Mc

Длительность: 10:45
Год: 2023
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Текст песни

Me diz quantas vozes que te distraem?
Nessa multidão de vozes somos quem?
Hoje faço questão que todos O chamem
Somente a sós, quando elas se calam

Eu escuto a voz que me guia
Somente a sós, quando elas se calam
Eu escuto a voz que me guia, guia
Sua concentração faz com que o Sol suba no oriente
Sua concentração faz com que o Sol suba no oriente

Ei, ei, eh-eh-eh-ei
Deus, hoje eu vou direto ao ponto, se tu me permite
Eu tô ligando pra alguém que eu nem sei se existe
Aqui embaixo tá um caos, você não assiste?
Se tiver algo a dizer, vai, vai, grite!

Onde cê 'tava em meio a dor e tanta coisa triste?
Não é possível que isso tudo seja seu script
Será que tá ocupado? Mas é real, por que se omite?
Ingenuidade minha ainda te chamar pro feat

Talvez a fé seja uma fuga, já dizia o Nietzsche
Já que não liga, a partir de agora estamos quites
Não sei se tá linha, o fim da linha é o meu limite
Então, se tem algo a dizer, vai, vai, grite!

Eu tenho um milhão de argumentos só pra você
Então me diz porque você não desce pra debater?
Mas toda vez que eu tento ganhar a batalha com Deus
As questões que ficam
Eu também não sei responder (cadê você?)

Então, me desculpa, Deus, eu não consigo mais crer
Mas se ainda tiver na linha (ai-ai)
Tipo Tomé, hoje o que eu peço é tocar Você
Ai-ai-ai-ai-ai, yeah

Cético demais
Pra te chamar de amor num mundo tão caótico
E mais cético ainda pra ver tanto amor
E crer que tudo é meramente lógico

Às vezes me sinto crente
Às vezes ateu, às vezes agnóstico
Mas nesse momento eu não faço ideia do meu diagnóstico

Eu já nem sei se sou hater de Deus ou dessa caricatura
Que a religião enfatiza, projeta e divulga
Que é tão diferente de Cristo
Inclusive o pôs numa cruz
Será que a imagem do Deus invisível
Pode ser de fato Yeshua

Mas se não vejo nada
Será que crer nisso seria loucura?
Será que o invisível pode ser real
Tipo a matéria escura?

Será que esse Deus invisível
É o mesmo pregado na religião obscura?
Aquela matou, escravizou e demonizou
Outro tipo de matéria escura

E também clareou a matéria da pele de Cristo
Pra vender na sua estrutura
E pior que até hoje pra isso tem crente dizendo aleluia
Como eu não vou pensar que tudo isso é loucura?
Como eu não vou pensar?

Alguém me ajuda
Eh, yeah (eh, yeah)
Como eu não vou pensar?
Ei, ei, ei, oh-oh

Mas sinceramente eu também tô cansado
De calcular o sentido da vida
Enquanto ela passa

Cansei de cálculos, cálculos, cálculos, cálculos
Investigando o universo com a lupa
Até o que julguei ser sabedoria
Vi que também é loucura

Confesso, eu nem sei, se tô achando a resposta
Ou me perdendo na busca, isso me frustra
A cada pista, um milhão de perguntas

De onde viemos? Por que nascemos? Pra onde vamos?
Perguntas que sempre perseguem
Independente de qual a resposta que achamos
Será que de fato sabemos

Tudo aquilo que sempre afirmamos
Ou será que até o que dizemos ser loucura
É só a lacuna que nos maquiamos

Pra fingir que a normalidade também não é uma
E que nos só nós acostumamos
Será que nós inventamos Deus
Pra acreditar em algo eterno?
Como o fato do infinito não caber na conta
Nos contentamos com a invenção do zero

Eu não sei de nada, não, mas pra ser sincero
Às vezes eu olho no fundo dos olhos de alguém que amo
E acho que eu vejo mais
Será que seria obscuro da minha parte dizer

Eu acho que eu vejo mais que a mera mistura
De fótons, nêutrons e prótons
Ou fragmentos tão aleatórios
Que aleatoriamente se uniram no vácuo

Após o choque do nada com o acaso
Ocasionado ali por acaso
Que faz o pensar que todas as nossas lembranças e laços
Afetos e abraços
São só devaneios como poeiras perdidas no espaço

Frutos de um acidente sem a menor intenção
Fruto da desatenção do cosmos
Que sequer tinham uma cosmovisão

Frutos de uma colisão no vácuo
Que resultou nesse mundo tão detalhado
Que abre aspas profundo demais pra ser raso

E é nessa parte que meu ceticismo e a fé se igualam
É preciso fé pra crer em Deus
E também muita fé pra crer no nada

E por mais cético que eu esteja
Por mais que eu não tenha a resposta de nada
Não há quem retire essas aspas

Seria loucura crer no místico?
Será que somos um detalhe quântico?
Será que só as cifras da canção
Vão decifrar tudo o que há no cântico?

Até lembrei de outra frase do Nietzsche
Que diz que os que forem vistos na dança
Seriam taxados como loucos
Por aqueles que não escutaram a canção

Eu me lembro que um tempo atrás
Eu podia jurar que escutei um som
Profundo, como um piano

Confesso que até me peguei na dança
Confesso que até deu sentido a vida
Confesso que até muito além da cifra
Ouvir o som me explicava tanto
Que ainda que eu não visse o pianista
Eu já não podia mais negar, o seu amor me tocando

Mas que o Sol, la, si essa fé faz
Me livrar de toda solidão, sei que eu não tô só
Não pelo o que eu vi como a luz do Sol
(É porque através) vi tudo ao redor

Assim como a ciência comprova
Que um buraco negro nasce, quando uma estrela morre
Mudando todas nossas pesquisas e perspectivas
Serem redefinidas pelos pontos furados no universo

Que atravessaram o espaço-tempo
Trazendo o infinito ao agora
Chamam esse fenômeno de supernova

Eu conheço uma estrela que morreu na terra
O verbo que se fez carne
Mãos furadas do universo, que também sangraram
Redefinindo a perspectiva do tempo a eternidade
E o nome do fenômeno, é evangelho, boas novas

E eu nem sei bem onde eu me perdi
Customizei algemas, tentando ser livre (yeah)
De vez em quando tenho a impressão
Que o som ainda tá tocando
E essa superfície superficial
É que tá sufocando, eh, yeah, eh

Eu prefiro mergulhar do que me afogar
Nos copos de água que eu colecionei
Pra fazer caber a compreensão do oceano
Eu já cansei das minhas teorias
Tentando explicar o parto do mundo (yeah)

Por mais que eu calcule, a conta não fecha
Será que não fecha por não ter resposta
Ou será que a resposta não cabe na conta?
Será que assim quando como forçamos a porta
E ela não fecha, mas abre uma fresta?

Será que tem algo que ignoramos
Enquanto tentamos fechar essa conta
Perdendo de vista a fresta
Que aponta uma realidade tão maior que essa?

Será que a resposta está batendo na porta (ah-ah)
Enquanto nossas perguntas empurram
Dizendo que ela não fecha?

Exigimos respostas tão exatas nessa vida tão complexa
Mas quando a lágrima escorre
Despedaçam até as verdades
Que julgamos concretas

Redefinir a liberdade é mais fácil
Que arcar com o preço dela
Mas eu já cansei de criar conceitos
Que eu não faço ideia de onde me levam

A religião levou minha fé pro coma
Mas tive a impressão de ver um homem
Andando por cima das ondas do cardiograma
Sem muita explicação (oh-oh, oh-oh, uh-uh)
Ele só disse: Vem! Ele só disse: Vem!
Ele só disse: Vem! Ele só disse: Vem!

E eu não me atrevo a dizer nada além
Decifrar a alma pelo aquecimento de quarks ou gluôns
Ou fragmentos de um boom!
Que nós chamamos de Big Bang

Ou se estamos só renomeando um: Haja luz
Onde todos, todos, todos os átomos disseram: Amém
Os átomos dizem: Amém (oh, yeah)

E sabe o que isso prova? Nada! (Nada!)
Nada disso prova absolutamente nada
Ai de mim tentar explicar Deus
Tentar provar, eu sou posso provar dele

Ai de mim tentar explicá-lo
De um jeito que ele não explicou
Tentar explicar um convite, o próprio disse
Vinde a mim, os que tem sede (ah-ah)

Tudo o que eu posso dizer é que um dia eu provei
Provar dele, e não me atrevo a tentar explicar
Com algo que ele também não se explicou
(Não, não) não há nada mais insaciável
Que viver provando tudo sem sentir o sabor de nada

Eu não posso explicar Deus melhor que Cristo
E eu não tenho uma resposta
Mais acadêmica do que a cruz
Não tem um jeito mais intelectual, ou melhor de dizer
E nem fui convencido por um jeito melhor de entender

Só se for real é possível crer
E eu não posso explicar um vem, eu só posso ir
E eu não posso explicar um convite, mas posso fazê-lo
Vem e vede, que o Senhor é bom!