Quarto De Hora
Piruka
4:04Ei São 10:50 e a cabeça arrebenta por todos os lados Eu tenho o que queria mas a minha vida nem chega perto do que tinha sonhado Porque para ganhar perdi, e pra sorrir chorei Fama nunca a pedi, e nunca a procurei Eu vi na caneta uma fuga pra minha verdade Vi no caderno a esperança de vida Vivi um inferno com um pai agarrado E uma mãe numa cura com mais uma cria Pensei que a vida não sorria, que nenhuma porta se abriria E hoje olhando pra minha vida dizem-me Já chega já chega já chega E quando disserem que a fama te cega Vai por mim acredita, é como dizerem que a morte é certa Que é o mais certo nesta vida E eu provei do veneno que em pequeno não queria Hoje vivo da luz, que me conduz, que me alimenta, que me ilumina E eu que dizia que esse brilho em mim nunca pegaria Virei o menino prodígio da tuga com a cara no mundo da bijutaria Vi-me a gastar vinte mil num fio que nem precisava Hoje tenho um palácio, dois ou três carros e não era o que ambicionava Meu tropa eu só queria um prato, meu tropa eu só queria um teto Por isso transmito humildade, com gana tudo se consegue Musica não é so vibe tem cuidado com o que escreves Hoje oiço Pirukinha vai dez mil pessoas aos berros Desde puto que vi os meus pais em caminhos que não deviam Quando tu sobes e fácil cair, mas muitos nunca subiram Quando eu dizia que um dia seria eu digo-te, muitos se riam E os que sairão no dia em que eu disse o que disse, disseram que era impossível Na vida não há impossíveis, se queres trabalha pra um dia ter Não falha quem não luta e quem não luta não vence Do pouco eu fiz muito e ainda ha tanto a fazer Na vida não há impossíveis, se queres trabalha pra um dia ter Não falha quem não luta e quem não luta não vence Do pouco eu fiz muito e ainda ha tanto a fazer Nos somos iguais tudo carne e osso Ninguém e mais que ninguém Mas uns trabalham e outros trabalham pro bronze, vivem com a guita da mãe Enquanto uns se matam, outros só matam os pombos No meio da merda tens fumo és o rei Parado no bairro a vender uns contos Como tive na merda eu falo do que sei Mas eu pra lá não volto, sim venho do bairro E ser bairrista e o meu rótulo Sei a mensagem que trago, tenho água benta no copo Mas muito me olha de lado por ter tinta no corpo Por vezes penso que sou o louco no meio de tanta sanidade Sinto que tenho o diabo na esquerda mas deus pesa do outro lado Sempre que o azar me espreita, penso quando a cabeça se deita Hoje em dia sou legal e construí o meu legado Na vida não há impossíveis, se queres trabalha pra um dia ter Não falha quem não luta e quem não luta não vence Do pouco eu fiz muito e ainda ha tanto a fazer Na vida não há impossíveis, se queres trabalha pra um dia ter Não falha quem não luta e quem não luta não vence Do pouco eu fiz muito e ainda ha tanto a fazer Na vida não há impossíveis, se queres trabalha pra um dia ter Não falha quem não luta e quem não luta não vence Do pouco eu fiz muito e ainda ha tanto a fazer Na vida não há impossíveis