Interlúdio Neurose

Durmo e acordo com nó na garganta
Divido um espaço que nem me cabe
Percebi era tarde
Você me limita
Minha rotina é a mesma todo dia
Apática nem sinto a água fria
Em situações assim nós descobre em quem confia
Me sinto andando em círculos ou em outra geometria
Insônia aqui é natural
O ponteiro não se move
Desconforto agora é o meu normal (frieza aqui é brutal)
A frieza aqui é brutal

Vivo esperando o sinal tocar, anseio muito pelo final
De pelo menos uma saída
A corda flerta com meu pescoço
Com a morte me relaciono
Entre ideia e contraponto
Se eu não soubesse trocar
Nem tava mais aqui
Eu fui casada com o perigo
Cedi pra ele
Rompi
Acabei comigo
Todo minuto eu me arrependo
Lágrimas caem eu tô passando sofrimento
Droga
Cela, ferida abertas
Minha família acha que eu tô viajando
Não deixo de tá numa ilha
Por segundos algo alivia
Não sei se comparo com zoológico ou circo
Faço malabarismo pra achar graça na vida
Às vezes me animo com alguma melodia
Sempre a beira de um colapso
Minha mente não descansa
Sem querer eu descobri
Porquê o pássaro na gaiola canta